Quando nada nos inspira. A criatividade parece que te abandonou. Pensas, o que vou eu agora fazer? Onde é que vou encontrar a minha inspiração? Como é que vou dar a volta a este desafio? O primeiro pensamento é adiar este processo. Ao fazê-lo estou apenas a manter-me presa à obrigação. Adiar coisas é um problema complexo psicológico, dizem os entendidos. O primeiro passo é perceber porque o fazemos. Das duas uma, ou o fazemos por falta de autoconfiança ou por fuga ao desconforto. No primeiro caso, o nível mais alto é atingido nos perfeccionistas, que criam padrões tão elevados que receiam fazer seja o que for. Na fuga ao desconforto, é quando temos medo da sensação de ansiedade e mal-estar associado ao início das tarefas. Seja por uma razão ou por outra, o ideal é encontrar um tempo e espaço adequado, convidar ou consultar as pessoas que nos poderão ajudar, fazer pesquisa na net e encontrar um caminho, que aparece sempre. E que quando surge a ponta do fio condutor da ideia e esta se vai desenvolvendo, o entusiasmo apodera-se da ideia e a satisfação por estar confiante na solução encontrada, só é suplantada pela sensação de objectivo cumprido. E é aqui que a vitória sobre os limites é maior que a sua resistência.